A revista The Economist publica esta semana caderno especial sobre redes sociais. Um dos destaques é o papel da privacidade em sua proposta: a revista identifica a existência de uma tensão entre a necessidade de oferecer aos seus usuários maior controle sobre a exposição de seus dados e o fato de que a eventual diminuição do tráfego de informações pessoais, causada por tais controles, diminuiria a possibilidade de lucro com a utilização de tais informações.
Esta tensão é o pano de fundo das discussões que envolvem a privacidade nas redes sociais desde o seu início. Neste sentido, conforme Marc Zuckerberg, CEO da Facebook, algumas das suas mais recentes iniciativas do site em tornar compulsória a exposição a terceiros de certos dados pessoais que antes poderiam ser reservados seria uma mera “adaptação” das suas políticas de privacidade às novas “regras sociais”, induzidas pelas próprias redes sociais. Não convencidos pelo discurso que evoca tais novas “regras sociais”, diversas entidades estão agindo contra o unilateralismo destas recentes decisões.